Bate, rebate, reviravoltas – os reveses de alguns parlamentares de FN ratificam a típica posição prós e contra

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Mesa: Aspecto dos parlamentares em foto acima e baixo 

A câmara de vereadores de Fortaleza dos Nogueiras incorporou de fato, a típica divisão prós e contra. De um lado os que acusam, atestam que há algo errado. Do outro, aqueles que vêm em tudo, progresso: ruas sendo recuperadas, hospital com médicos e medicamentos; a cidade, de fato sendo reconstruída.

E neste ínterim de apontamentos do que é certo e/ou errado acontece reviravoltas. Vereador de oposição, que ora pende-se para a situação, cita-se, Edimar Dias (PHS). E vereador da situação, que até bem pouco, fez discursos veementemente duros e foi extremamente ferrenho ao criticar o chefe do executivo e sua equipe, hoje voltou ao seio familiar político do gestor. Sim, o vereador Magno (PC do B) fez esta proeza, ou seria pura e simplesmente inconstância?

O fato é que em seu discurso de volta ao seu habitat político, justificou: “Andei muito na região onde fui votado, andei aqui na cidade e, o povo que me colocou aqui nesta Casa, me falaram: ‘Magno tem paciência, está muito cedo para você abrir mão da gestão’. E atendendo o pedido das pessoas que me colocaram aqui, hoje o vereador Magno está na situação de novo”.

Os demais vereadores da situação externaram elogios ao vereador Magno, evidenciando nas entrelinhas, que bom é o filho que volta à casa do pai. “Quero parabenizar o vereador Magno por sua decisão”, disse João Fernando – Túlio (PTB). “É como eu sempre digo, o diálogo é a base de tudo e, briga não leva a lugar nenhum. Você tomou a decisão correta e vamos ajudar a administração”, complementou.

“Quero dar as boas-vindas ao meu amigo Magno, que está novamente conosco”, parabenizou a vereadora Joilma Santos (PSDC). Ela também esclareceu acerca da falácia de que não há médico no hospital ao afirmar veemente: “Tem médico sim”. “O que pode estar acontecendo? Às vezes um mal-entendido, uma informação mal-passada. Por exemplo, não vou dizer quem é, porque eu não vi. Mas acontecia na gestão passada: a pessoa perguntar tem médico e funcionários, recepcionistas, responder: ‘tem não’; e o médico lá dentro”.

Mas a vereadora Maria José (PSD) contesta, porque segundo ela, de quando em vez não se encontra o médico no hospital. “Aqui tem casos, não só eu como vereadora, mas outros vereadores, já procuraram duas, três vezes e, não consegue ser atendido pelo médico quando chega lá”.

O vereador Carlos Zoel – Cazoel (PP) chamou atenção ao classificar certos vereadores com a expressão “fechadin”. “Que fecham acordo dentro da casa do prefeito para que não votem a favor de um requerimento para fiscalizar”, disse.

Túlio rebateu as palavras de Cazoel ao dizer que ele “tem todo o direito de fiscalizar”. E disparou que sua “decisão política” não diz respeito ao vereador. “Cabe a mim e aos meus eleitores me julgar. Se eu tenho cinco mandatos é sinal que os meus eleitores estão gostando. Que eu deixe ou não deixe de acompanhar o gestor, isso não diz respeito nenhum à sua pessoa”.

Em apaziguamento, o vereador Edimar Dias externou seu discurso eloquente, em tom de bom samaritano apontando as boas ações da gestão, a começar pelo desfile do dia Sete de Setembro, que o “deixou satisfeito”, pela organização. “Deixo aqui meus parabéns a todas as escolas, alunos, pais, professores, secretária de educação, ao prefeito, que não mediu esforços para que o evento viesse acontecer, resgatando valores perdidos”.

Dias referindo-se à saúde, desta vez sugeriu – em uma reunião que teve com o prefeito e colaboradores da pasta – que seja feita uma lista de horários de consultas para evitar contratempos e mal-entendidos acerca de atendimentos.

Todavia, o vereador Renato Arruda (PRP) disse que são muitas as vezes em que pessoas vão no hospital e não são atendidas. E ratificou: “Eu não votei, mas quero que dê certo”. E ainda reclamou, dentre outros, da falta de água na localidade Novo Acordo. “Estamos com 8 meses de governo, e o Novo Acordo nunca teve água”.

O vereador Gesmar Nogueira (PSDB) vice-presidente da Casa, assumiu os trabalhos na sessão quando o presidente Antônio Félix (PSL) teve de ausentar-se às pressas.

Gesmar ao falar sobre a saúde, que aliás, foi o assunto mais comentado na sessão, reportou-se ao caso de um jovem que faleceu há dias. O vereador afirmou que é “extremamente errado alguém chegar naquele momento de dor da família e tentar tirar proveito político. Acho ridículo, a pessoa chegar lá na hora do velório e jogar veneno, induzir a denunciar”, disse referindo-se a políticos que estariam num momento difícil da família, induzindo os familiares a responsabilizarem o hospital. “A pessoa tem que analisar bem, sua posição e o que vai falar para depois não engolir”.

Ainda foi lida a escala de plantões médicos, enviada pela Secretaria de Saúde.

Também presente à sessão, o ouvidor municipal informou sobre carteiras de trabalho e RG, que estão sendo feitas na prefeitura.

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Alex de Brito Limeira é jornalista e escritor. Esteve sete vezes entre os melhores novos escritores do país em concursos literários promovidos por casas editoriais de São Paulo e Rio de Janeiro. Em Abril de 2011 lançou o romance O Crime da Santa. Foi repórter no jornal Folha do Maranhão do Sul, em Carolina – MA; Instrutor autônomo de redação discursiva e dissertativa. Em Fortaleza dos Nogueiras é pioneiro na comunicação social - jornalismo, ao fundar, editar e apresentar o Jornal da Cidade, na rádio Cidade FM de 2003 a meados de 2004. Foi âncora do Jornal da Cidade na antiga TV Cidade, editor e apresentador do jornal de mesmo nome na Rádio Cidade FM. Fundou a Gazeta Sul Maranhense (Fortaleza dos Nogueiras e região) e o site Gazeta OnlineG, que está em plena atividade. Em dezembro de 2022 torna-se um dos vencedores do desafio de criação de micro contos com o limite máximo de 150 caracteres e passa a compor a coletânea SEJA BREVE, SENÃO EU CONTO da Editora Oito e Meio de Flávia Iriarte - Rio de Janeiro.