Carnaval sem “Maria Sapatão” e “Cabeleira do Zezé”, será que é?

181
5500

Letras polêmicas são apenas brincadeiras ou preconceito?

BLOCO CARNAVAL - MARIA SAPATÃO

“Olha a cabeleira do Zezé. Será que ele é?”. “O teu cabelo não nega, mulata”. Em 2017, alguns blocos de rua do Rio de Janeiro e de São Paulo decidiram não tocar marchinhas politicamente incorretas.

Em São Paulo, Thiago França, da Espetacular Charanga do França, cortou “O Teu Cabelo Não Nega” do repertório, por conta de frases como ‘Mas como a cor não pega, mulata / Mulata eu quero teu amor”. No Rio, o corte dessas músicas é defendido pelo bloco Cordão do Boitatá e Céu na Terra.
Há quem considere toda essa discussão um exagero, como o compositor João Roberto Kelly, de “Maria Sapatão” e “Cabeleira do Zezé”. Em entrevista recente ao UOL, ele disse que não fez nada com intenção de ofender. “Carnaval é uma grande brincadeira, a gente se fantasia de mulher, goza do careca, do barrigudo… Dentro desse contexto nada pode ser ofensivo”, defende ele, que, por sua vez, crítica letras com palavrões e incitação a drogas e violência”.
Por isso o UOL foi ao pré-Carnaval para saber: Carnaval é para zoar todo mundo ou piada com grupo já oprimidos, mulheres, negros e LGBTs, tem que acabar?
FONTE: UOL COM ADAPTAÇÕES GAZETA ONLINEG
COMPARTILHAR
Artigo anteriorSenado: CCJ inicia trabalhos com Lobão na presidência e Anastasia como vice
Próximo artigoHildo quer que Famem cobre repasses da saúde cortados por Flávio Dino
Alex de Brito Limeira é jornalista e escritor. Esteve sete vezes entre os melhores novos escritores do país em concursos literários promovidos por casas editoriais de São Paulo e Rio de Janeiro. Em Abril de 2011 lançou o romance O Crime da Santa. Foi repórter no jornal Folha do Maranhão do Sul, em Carolina – MA; Instrutor autônomo de redação discursiva e dissertativa. Em Fortaleza dos Nogueiras é pioneiro na comunicação social - jornalismo, ao fundar, editar e apresentar o Jornal da Cidade, na rádio Cidade FM de 2003 a meados de 2004. Foi âncora do Jornal da Cidade na antiga TV Cidade, editor e apresentador do jornal de mesmo nome na Rádio Cidade FM. Fundou a Gazeta Sul Maranhense (Fortaleza dos Nogueiras e região) e o site Gazeta OnlineG, que está em plena atividade. Em dezembro de 2022 torna-se um dos vencedores do desafio de criação de micro contos com o limite máximo de 150 caracteres e passa a compor a coletânea SEJA BREVE, SENÃO EU CONTO da Editora Oito e Meio de Flávia Iriarte - Rio de Janeiro.