A localidade Altos, foi o povoado de estreia da reunião, a qual foi bem interativa. Após a explicação da vereadora Maria José (PSD) sobre o papel da Casa, com leituras de requerimentos, indicação e projeto de Lei, começou o debate com a comunidade, que clamava sobretudo, por água; além da estruturação física para escola com muro e quadra poliesportiva.
Em relação a estruturação da escola, a comunidade reivindicou o melhoramento e/ou feitura das estradas, para que os carros que fazem o transporte escolar na localidade cheguem até a residência dos discentes. Em relação a água, a comunidade pede uma solução, porque há um poço, mas em propriedade particular, e assim o povo não está podendo usufruir da água.
Cada reivindicação foi tomada nota pela mesa diretora da Casa, que se comprometeu em levar tais pedidos ao gestor municipal.
Aspecto da comunidade: Extremamente atenta às explanações dos vereadores
Todavia o ápice da sessão itinerante, foi a fala do vereador Carlos Zoel – Cazoel (PP), que dentre outros assuntos, chamou atenção da comunidade para a reforma da escola Artur Coutinho. O parlamentar de posse das planilhas, que trazem toda a descrição de como se processou a reforma, deixou a comunidade estarrecida quando citava os itens descritos e se dirigia ao povo presente perguntando se determinado item descrito na planilha estava de fato feito e/ou reformado no estabelecimento de ensino.
O parlamentar pediu que a vereadora Maria José (PSD) lesse os itens da planilha. “Placa de obra em chapa de aço galvanizada”, dizia o primeiro item, ao que Cazoel perguntava à comunidade: “Vocês, viram alguma placa aqui com o valor e a empresa que ia fazer?”. E a comunidade respondia uníssona: “Não”. A vereadora então leu o valor de “955 reais”, que deveria estar elencado na placa, segundo os parlamentares. “955 reais por esta placa”, bradava o vereador Cazoel. “Vocês viram ela aqui? ”, perguntava. “Não”, respondia a comunidade. “Sabe porque não botaram a placa? Para não dizer o valor da obra”, corroborou Cazoel. E ainda acrescentou: “Quando sair uma reforma dessa vou trazer a planilha para a comunidade ficar cobrando o que eles botoram; o que tem de ser feito com o dinheiro de vocês”
A vereadora Maria José seguiu para o segundo item. “Abolição de revestimento: reboco”, informava a parlamentar mediante o descrito na planilha. “Tiraram algum reboco dessas paredes? ”, perguntava Cazoel. Momento em que o secretário de Infraestrutura, Ribamar Pereira (Riba Rico) quis intervir. Mas o vereador Cazoel não permitiu, dizendo: “Você falou eu não disse nada”. Por que o secretário já havia feito uso da palavra. “Foram 65 metros de reboco que foi derrubado”, leu a vereadora informando o valor de “477 reais por tal serviço. Novamente o vereador perguntava se este item tinha sido executado, mas a comunidade respondia negativamente.
E assim a parlamentar seguiu lendo sobre os itens da planilha e o vereador perguntando à comunidade se o que estava descrito realmente teria sido realizado. Para quase todos os itens a comunidade respondia negativamente, conforme vídeo abaixo.
Em vídeo abaixo, faz suas explanações acerca do transporte escolar.
O vereador Renato Arruda (PRP) ao iniciar sua fala cumprimentou os demais presentes e o ex-prefeito Eliomar Nogueira, também presente à sessão. “Meu ex-prefeito, meu prefeito Eliomar Nogueira”. “Hoje com esse portal da transparência está melhor para a gente fiscalizar o município, todo mundo tem acesso”, diz o vereador. “Para roubar está ficando difícil”. E informou: “Vamos fiscalizar todos os colégios; já tem uns 6 ou 8 que eu fiscalizei; encontrei umas irregularidades e, o prefeito me disse que vai mandar arrumar”. Ao que o vereador Cazoel respondeu: “Eles arrumando, tá bom”.
Ribamar Pereira – Secretário de Infraestrutura: “Eu dei um prazo de trinta dias para ele concluir”, referindo-se ao responsável pela obra.
O secretário de infraestrutura em resposta ao que Cazoel falou sobre as escolas disse que “achou bonito quando ele [vereador] falou que participou de 95% das licitações que foram feitas em Fortaleza, com certeza as coisas…[andaram bem]. Quando foi feita a licitação para estes colégios, as reformas; uma empresa entrou cobrando quatrocentos e noventa e poucos mil reais e a outra ganhou com duzentos e setenta e pouco. O que aconteceu? Eles começaram a fazer o serviço, o dinheiro não deu. E você [referindo-se ao vereador] um dia disse para mim: eles têm direito de fazer um aditivo”.
Ele seguiu falando sobre o que a empresa realizou em reforma de outras escolas no município, que não estavam na planilha.
Também falou que “estas calçadinhas aqui”, referindo-se à escola Artur Coutinho. “Estavam todas arreadas, foram feitas; agora o dinheiro não deu. O que ele fez? [responsável pela obra]. Correu para fazer um aditivo, porque o recurso acabou” e enfatizou: “Ele está esperando para fazer um aditivo, botar cerâmica…”.
O secretário também falou sobre a escola da localidade Piaçaba que “as divisórias eram de compensado”. “Fomos lá, tiramos; fizemos uma divisória, botamos porta, foi feito”. Ele também explicou que o Colégio São Raimundo Nonato não vai ser reformado agora, “porque estava inadimplente do governo Zé Arnaldo, em se tratando de umas trocas de portas”.
E referindo-se mais uma vez à escola Artur Coutinho o secretário informou que “o engenheiro fez o orçamento: falta isso, e isso…”. e arrematou: “Eu tenho ofício cobrando da empresa. E dei um prazo de trinta dias para ele concluir”.
Ainda esteve presente à sessão a Controladora Geral do Município, Franciscléia falando sobre a feitura de documentos na prefeitura municipal, tais como: Carteira de Trabalho, Identidade, Reservista etc.
Também fez uso da palavra o Subsecretário de Agricultura, Ernanes falando sobre ações da pasta.
Presente à sessão o ex-prefeito Eliomar Nogueira elogiou a iniciatiiva da Casa.
Todos os presentes parabenizaram a sessão itinerante, que foi uma iniciativa partindo de um requerimento do vereador Edimar Dias (PHS). Mas nem ele, nem o vereador Magno (PCdoB), tampouco o vereador João Fernando – Túlio (PTB) e Joilma Santos (PSDC) não participaram da sessão.