Gesmar Nogueira fala sobre sua gestão como presidente da Casa e o novo processo de escolha da mesa diretora

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GESMAR OGUEIRAGemar Nogueira: “Estarei ao lado do povo de Fortaleza, especialmente, ao lado dos menos favorecidos”.

 

Gesmar de Souza Nogueira, vereador e ex-presidente da câmara de Fortaleza dos Nogueiras e que fez parte da chapa vitoriosa como vice-presidente para a nova mesa diretora da câmara deu entrevista à Gazeta OnlineG explicando os motivos do processo de escolha e falando também sobre sua atuação como presidente no biênio 2015-2016.

Como foi dirigir a Casa no período em que o senhor foi presidente? – Foi uma experiência muito boa. E eu proporcionei um certo equilíbrio na Casa. Até então era muito bate-boca, fofoquinha e, soube, de uma forma inteligente, acabar com isso, tanto é que sou reconhecido por alguns companheiros por ter dado uma equilibrada na Casa a nível de respeito, de moralidade etc.

E estruturalmente… – Eu deixei algumas coisas ali que ficou marcada minha passagem. Tinha um auditório parcialmente climatizado e eu deixei totalmente climatizado. Trocamos a bancada, pois eu não aceitava o vereador ficar de costa para o eleitor, pois a autoridade tem de ficar de frente para o povo para ver de cara os problemas. Eu coloquei uma bancada moderna, que não deixa a desejar para nenhuma câmara aqui da região; fiz uma galeria dos ex-presidentes; sala de imprensa; ampliamos a sala do presidente; dobramos o tamanho dela; climatizamos, colocamos uma televisão de LED de 50 polegadas; ampliamos a cantina; colocamos uma geladeira nova e compramos cadeiras novas para o plenário. Quero aqui registra que o Zé Fonseca, que foi presidente por dois ou três mandatos e teve 7 mandatos de vereador, fez o prédio da câmara municipal de Fortaleza dos Nogueiras, que até então não tinha, era itinerante, praticamente mudando de uma casa para outra; a Branca fez a parte dela, o Grandão fez sua parte, ou outros presidentes que por lá passaram fizeram a parte deles. Mas eu não poderia deixar de registrar a ousadia e a coragem do Zé Fonseca de construir o prédio com recursos pequenos, pois sei que são. Eu tive lá e vi. Imagine isso há 15 anos, era menor ainda. Então o Zé Fonseca foi um grande “Juscelino Kubistchek” ao fazer esse aquele prédio. E eu fiz algumas modificações.

“Eu tinha a responsabilidade de passar a Casa para uma pessoa que comungasse do mesmo ideal nosso. De ajudar o Aleandro, principalmente nesses primeiros dois anos. Estamos ali para dar suporte ao governo do Aleandro e vamos manter esse compromisso até o último dia do nosso mandato”.

Como o senhor analisa o processo de eleição da nova mesa diretora da Casa? O Senhor que foi presidente nos últimos dois anos.  – Eu preocupado com a eleição da câmara, coloquei meu nome para o consenso; embora tenha dado duas vezes o consenso com o meu nome, mas algumas pessoas do meu grupo não me aceitaram como presidente, não foi nem tanto os vereadores, pois eu tive a maioria na pré-eleição, ganhando de 3×2. Mas eu nunca quis problema eu me retirei da candidatura. Fizemos uma nova prévia para a eleição, ficou a Joilma em segundo lugar não aceitaram também. E estava tudo canalizando por uma candidatura que eu também não estava aceitando, porque era imposta por vaidade, com ar de revanchismo, rancor. Eu acho que as pessoas têm de almejar um cargo por ideal, por trabalho, não para perseguir ninguém etc. até às 8h50 ainda não tinha nenhuma chapa registrada. Foi na hora em que eu chamei os companheiros da Casa, tentamos um acordo não deu. E aí chamei o vereador Antônio Félix e ele me disse que estava na outra chapa como vice-presidente, eu o convidei para a nossa chapa para ser o presidente. E houve aquele choque, “empurra-empurra”. Ele aceitou e obtemos a vitória democraticamente e, nada mais justo do que eu votar nele, pois ele votou em mim na eleição passada para presidente da Casa e, eu teria de retribuí-lo. E eu estou na chapa com ele como vice-presidente. Ele é do lado do prefeito, foi eleito junto com o Aleandro, então não tem por que ficar nenhuma mágoa de ambas as partes. Eu acho que ficou bom para todo mundo; a briga acabou, para mim passou. Mas eu não poderia fazer diferente, eu tinha a responsabilidade de passar a Casa para uma pessoa que comungasse do mesmo ideal nosso. Qual ideal? De ajudar o Aleandro, principalmente nesses primeiros dois anos, os mais tensos do governo, vamos dizer assim. Nesses seis meses ele vai mandar muita lei para a Casa para a gente avaliar e aprovar, aquelas que sejam para dar suporte à administração dele. Talvez se fosse outra chapa, teria a exigência de barganha. E não temos nada de interesse próprio, nada de moeda de troca, estamos ali para dar suporte ao governo do Aleandro e vamos manter esse compromisso até o último dia do nosso mandato.

E como vereador, o senhor continuará em sua linha, defendendo os mais necessitados, como sempre gosta de falar, que mais parece ser um bordão seu. – Sem sombras de dúvida. Eu estarei na câmara ao lado do presidente, dando suporte, pois sou o vice. E darei minha parte de contribuição naquilo que for necessário. E ao povo de Fortaleza eu estarei a lado, especialmente, como eu sempre digo: ao lado dos menos favorecidos, pois quem tem condição pode pagar um advogado; quem tem condição, pode contratar um médico para fazer a cirurgia de um pai, de um filho, um irmão; pode fretar um carro para ir uma viagem. A minha preocupação é com os menos favorecidos que não tem acesso à saúde, à justiça [em se tratando, como exemplo, à defesa de um advogado] transporte. Eu jamais direi um não ao povo da minha cidade que tanto gosto.

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Alex de Brito Limeira é jornalista e escritor. Esteve sete vezes entre os melhores novos escritores do país em concursos literários promovidos por casas editoriais de São Paulo e Rio de Janeiro. Em Abril de 2011 lançou o romance O Crime da Santa. Foi repórter no jornal Folha do Maranhão do Sul, em Carolina – MA; Instrutor autônomo de redação discursiva e dissertativa. Em Fortaleza dos Nogueiras é pioneiro na comunicação social - jornalismo, ao fundar, editar e apresentar o Jornal da Cidade, na rádio Cidade FM de 2003 a meados de 2004. Foi âncora do Jornal da Cidade na antiga TV Cidade, editor e apresentador do jornal de mesmo nome na Rádio Cidade FM. Fundou a Gazeta Sul Maranhense (Fortaleza dos Nogueiras e região) e o site Gazeta OnlineG, que está em plena atividade. Em dezembro de 2022 torna-se um dos vencedores do desafio de criação de micro contos com o limite máximo de 150 caracteres e passa a compor a coletânea SEJA BREVE, SENÃO EU CONTO da Editora Oito e Meio de Flávia Iriarte - Rio de Janeiro.