Ela diz que deu entrada na polícia federal acerca de convênios federais, ele alerta que um dos motoristas da ambulância é um escroque
NO PLENÁRIO: MARIA JOSÉ ALFINETA, GRANDÃO REBATE
Na sexta-feira (18) a tribuna da Casa mais uma vez foi palco de reivindicação, mas com um tom forte de intolerância com cobranças veementemente pontiagudas para com o chefe do executivo municipal.
A vereadora Maria José (PSD) pediu explicações acerca da obra de iluminação pública da Avenida Bonifácio Pinto Costa. “Por que essa obra está iniciando só agora? Perguntou a parlamentar. “Desde o dia 03 de agosto de 2015 foi liberado a primeira parcela, cujo valor da obra é de R$ 581.988,23. Com mais de um ano liberada a primeira parcela (R$ 290.994,03), porque só agora iniciar essa obra, faltando menos de dois meses para terminar essa gestão?! ”.
E a vereadora seguiu falando acerca de obras inacabados e/ou por concluir e, afirmou que todos os “convênios federais”, deu “entrada no início deste ano na polícia federal e, aguardo resposta”. “Eu não sei mais o que dizer para o povo. As praças com mais de um ano que foi liberado o dinheiro, e a gente não sabe dizer se foram concluídas ou não”.
Para a obra de saneamento básico, iniciada há pouco mais de dois anos, não faltaram alfinetadas da vereadora. “O dinheiro do saneamento são 14 milhões, dos quais 11 milhões já foram liberados e, falta [fazer a obra] a Área Avançada e uma parte do centro, e não temos uma resposta. Agora mesmo temos dois governadores presos, não é isso que queremos em Fortaleza, mas se for o caso, que seja feito, pois quem não pode pagar por isso é o povo, mas os gestores”.
Mas o vereador Alan Roosevelt Nogueira – Grandão (PR) disse que o dinheiro liberado para a obra de iluminação pública à qual a vereadora se referiu “está na conta não da prefeitura, mas da Caixa Econômica Federal”. “Você tem de se inteirar melhor do assunto, pois falar isso aqui no plenário, muita gente que não entende, vai pensar que é verdade. A Caixa Econômica só libera o dinheiro depois dos canteiros feitos e implantado os postes”.
Todavia a vereadora continuou resoluta e disse que não precisa mentir, poiso dinheiro foi liberado.
O vereador Renato Arruda (PPR) chamou atenção ao falar sobre uma empresa de máquinas pesadas, que ele não citou o nome, mas que estaria prestando serviço para prefeitura com um número de horas trabalhadas muito superior ao período de 30 dias. “Eu acho impossível uma máquina trabalhar 1.040 horas num mês. Aumentou R$ 142 mil sem ter máquina trabalhando. Não vamos brincar com o dinheiro público não. Quem paga isso é o povo: não tem estrada, não deu nem 150 dias de colégio [no sentido de dias letivos]. Diz que não tem dinheiro, dinheiro tem, mas estão colocando em outro lugar”.
RENATO ARRUDA: “LUGAR DE LADRÃO É NA CADEIA”
O vereador também se referiu a um motorista da ambulância, que segundo o parlamentar o profissional tem atitudes próprias de um escroque. “Eu queria que o próximo prefeito para colocar o funcionário, deveria olhar a vida dele toda: se ele já foi preso, se é ladrão, pois lugar de ladrão é na cadeia”.
E alertou: “Olha, essa ambulância! A pequenina. Roubaram as peças todas: pneu, a bateria. Daqui um mês aquele carro não vai ter nenhum pneu. Até o carro ele vai vender. É uma vergonha: tanto motorista bom que tem aí, botam um ladrão para dirigir o carro”.