Vereadores tornam à baila: Estradas vicinais, transporte escolar e concurso público

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Na sessão de segunda-feira (02) os vereadores mais uma vez relataram problemas corriqueiros, mas sempre frequentes em seus discursos. Dentre os relatos, em suma, as reclamações são sobre infraestrutura.

“Eu gostaria muito que alguns vereadores fizessem o que eu faço: ir lá onde as máquinas”, afirmou Carlos Zoel – Cazoel (PP) ao falar sobre a situação das estradas vicinais. “Quando elas [máquinas] param numa região ficam 18, 20, 30 dias. Até dois meses ficam paradas e, as notas [fiscais] aqui”.

O vereador relatou ainda acerca de estradas e pontes das localidades, Altos, Sapateiro e região da Gameleira.

Ele disse que “este é o pior ano de início escolar”, referindo-se ao trabalho prestado pelo transporte.

O vereador reclamou ainda que a polícia militar não está recebendo um tratamento bom como deveria por parte da gestão, pois “está fazendo o papel dela e não o que o prefeito manda”, elogiou o parlamentar.

Carlos Zoel enunciou também que na semana passada falou sobre uma “empresa que recebeu mais de 430 mil reais para realizar eventos e não saiu nada no jornal”. O editor da Gazeta OnlineG explicou que mesmo se ele tiver entendido, mas o áudio não captar a fala, ele jamais pública, pois não tem como testificar o que o vereador enunciou em sua fala.

O vereador Renato Arruda (PRP) reclamou acerca da falta de professores na Localidade Crueira. “Lá só tem aula até quinta-feira. Os professores que passaram para lá [referindo-se ao concurso público] não querem ir dá aula no Crueira. Eu não sei o que está faltando”. Alguém da plateia disse que o professor concursado para lá está trabalhando na secretaria da educação.

“Então onde vai parar esta educação”, questionou Renato. “O principal no interior é o transporte e o professor. Não está tendo nenhum. O ônibus é mais velho do que nós todos juntos; um chiqueiro de porco é mais limpo do que aquele transporte. É uma vergonha, uma empresa ganhar a licitação de transporte escolar e não ter um jumento para carregar aluno”.

Renato relatou ainda acerca da água no povoado Cachimbo. “A cor da água do Riacho que aquele povo bebe é muito suja, é da cor de buriti. A enxurrada da serra desse todinha para o Riacho. O poço que tem lá, que foi feito no mandato do Zé Arnaldo ou do Nogueira, não sei, não funciona”. E arrematou: “Todo mundo tem direito de beber água potável”.

O vereador Gesmar Nogueira (PSDB) interveio ao dizer que o poço foi feito no primeiro mandato de Eliomar Nogueira, e que basta apenas uma caixa com bomba e canos para fazer a distribuição.

Gesmar dando continuidade ao discurso dos vereadores que o antecederam, disse que “não tem ninguém para conhecer a situação financeira da prefeitura mais do que o vereador. Ninguém está pedindo aqui absurdo que a prefeitura não tenha condição. O que está se pedindo é um melhoramento nas estradas, é coisa possível de fazer”.

E corroborando com suas próprias palavras enunciou: “Antigamente o que se dizia é que a prefeitura não tinha máquina e nem condição de arrumar. Hoje não se pode mais dizer isso, porque nós tivemos um prefeito que ajudou demais a Fortaleza; um prefeito que nunca foi candidato aqui e, ajudou mais do que os que foram eleitos e, a Fortaleza tem de ser grata a esse cidadão, que é o governador Flávio Dino”.

O vereador citou a frota de máquinas da qual o município dispõe. “A prefeitura de Fortaleza tem duas patróis novas; duas caçambas novas; pá carregadeira alugada; cinco tratores de pneus, parados. O pátio de máquinas nossa aqui é invejável para muitas prefeituras da região; então não tem como dizer que não tem condições de fazer mais”.

Gesmar não concorda que o produtor contribua com o abastecimento do trator que irá cortar seu pedaço de terra e, para isto formulou uma situação hipotética. “O seu João lá do Vão do Velame, que tem uma tarefa de terra para cortar, tem de dar 20 litros de óleo. Eu não concordo. Ou você dar por inteiro ou não dá nada”.

Ao relatar sobre o problema de multe seriado na zona rural, referindo-se à região do Crueira, o vereador disse que espera que este problema seja resolvido com a nova Secretária de Educação. “Essa nova secretária, que é a esposa do prefeito; com o dinamismo que ela tem, com o amor que ela tem por nossa cidade, o amor que ela tem pela região do Crueira, pois me parece que é filha de lá também, espero que o problema do multe seriado seja resolvido”.

E sobre estrada afirmou que “não sabe qual é a que está 100% trafegável. Mas a do Crueira mesmo, acabou. Não é dito pelo Renato, mas por todo mundo que mora lá”. “Lá tem piçarra colocada na época do Zuzu, Gildásio e Nogueira. Fora isso, a não ser carrada de barro aqui e acolá”, disse o vereador, que concluiu: “A estrada do Crueira não tem mais piçarra, a dos Altos não tem mais piçarra; a estrada da fazenda do Dr. Marcelino também não tem”.

Encerrando os trabalhos, o presidente Antônio Félix Costa Barros (PSL) informou que o Programa Luz para Todos será retomado e o município de Fortaleza dos Nogueiras será contemplado com 199 ligações.

Antônio Félix observou que se não fosse os gastos com o carnaval, o recurso utilizado na festa dava para resolver problemas críticos do município, como a recuperação de estradas vicinais.

Em se tratando da educação, Félix classificou como absurdo a prática de multe seriado.

O presidente finalizou afirmando que há desvio de função dos novos concursados e, que o certame “nasceu errado e vai morrer errado”.

Indicações

De autoria de Gesmar Nogueira, solicita recuperação emergencial da estrada que tem início no lixão, passa pela Rabicha e sai em frente à fazenda da senhora Alair Nogueira. Como também solicita recuperação da estrada que tem inicio na MA 006, passando pelo Gaudêncio, Gameleira e chegando até o cachimbo.

Segundo o documento ambas estradas encontra-se em péssimas condições.

 

 

 

 

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Alex de Brito Limeira é jornalista e escritor. Esteve sete vezes entre os melhores novos escritores do país em concursos literários promovidos por casas editoriais de São Paulo e Rio de Janeiro. Em Abril de 2011 lançou o romance O Crime da Santa. Foi repórter no jornal Folha do Maranhão do Sul, em Carolina – MA; Instrutor autônomo de redação discursiva e dissertativa. Em Fortaleza dos Nogueiras é pioneiro na comunicação social - jornalismo, ao fundar, editar e apresentar o Jornal da Cidade, na rádio Cidade FM de 2003 a meados de 2004. Foi âncora do Jornal da Cidade na antiga TV Cidade, editor e apresentador do jornal de mesmo nome na Rádio Cidade FM. Fundou a Gazeta Sul Maranhense (Fortaleza dos Nogueiras e região) e o site Gazeta OnlineG, que está em plena atividade. Em dezembro de 2022 torna-se um dos vencedores do desafio de criação de micro contos com o limite máximo de 150 caracteres e passa a compor a coletânea SEJA BREVE, SENÃO EU CONTO da Editora Oito e Meio de Flávia Iriarte - Rio de Janeiro.