Na segunda-feira, 9, os ânimos estiveram exasperados na sessão ordinária quando os debates versaram em torno de um requerimento que pediria a instalação de uma comissão para investigar a saúde. Acontece que o tal requerimento não foi a plenário. Segundo alguns vereadores, uma decisão em comum acordo entre os parlamentares e o prefeito, inclusive com o vereador que seria o autor do requerimento – Carlos Zoel – Cazoel (AVANTE), culminou na não tramitação do documento.
Contudo, Cazoel afirmou veementemente que os vereadores desistiram de assinar o requerimento, mas o demais parlamentares refutaram a afirmação do vereador dizendo que não houve requerimento algum.
Entenda o fato
Há quase dois meses problemas de gestão acometeram a saúde de Fortaleza dos Nogueiras, sobretudo no hospital – Unidade Mista Casa de Saúde Ovídia Nogueira. Dentre os problemas estavam a insatisfação com a diretora do hospital à época, algumas reclamações do secretário de saúde e até suposto escândalo heteroafetivo ocorrido dentro do hospital, de acordo com relatos de funcionário, que foram parar nas redes sociais. Por esta razão o vereador Carlos Zoel aventou a possibilidade de instaurar uma comissão de ampla investigação da saúde.
Todavia, em uma reunião interna com o prefeito, secretário de saúde e vereadores foi acordado a transferência dos funcionários, que supostamente estavam escandalizando, bem como a exoneração da diretora do hospital. Ao ser tomada essas medidas, por parte do chefe executivo, não houve então a elaboração do requerimento, conforme afirmaram os demais vereadores.
Os detalhes de todo esse embrolho você confere nos vídeos abaixo.
Falas
Foram iniciadas com a vereadora Ana Patrícia Sá (PDT) que informou não ter participado da reunião e voltou à baila sobre a promoção de cursos profissionalizantes.
O vereador Carlos Zoel – Cazoel (AVANTE) disse que jamais muda de opinião em se tratando do que falou acerca do requerimento, que não foi a plenário.
Mas o vereador Renato Arruda disse que não houve requerimento, pois o vereador Cazoel “falou com o prefeito Natan” e este disse que “tomaria algumas decisões e se não desse certo, fariam a CPI”.
Gesmar Nogueira (AVANTE) disse que o requerimento não chegou até ele e, que não se sentiu ofendido com as palavras do vereador Cazoel, quando este disse que os vereadores não têm moral para falar nada acerca da saúde.
A vereadora Joilma Santos (PDT) disse que se sentiu lesada com as palavras de Carlos Zoel (AVANTE), quando afirmou na sessão anterior [dia 02/10] que nenhum vereador tinha moral para falar nada a respeito da saúde, no que concerne à investigação. Joilma disse ainda que em nenhum momento foi-lhe apresentado o requerimento, corroborado pelos outros parlamentares.
O vereador Ronaldo Mourão (PTB) apontou que a saúde já teve melhoras após reunião dele e dos demais vereadores com o prefeito Natan.
Em seguida, o vereador Cazoel pediu réplica na fala da vereadora Joilma e, ela logo a seguir usou seu direito de tréplica, conforme vídeo abaixo.
Finalizando os trabalhos o presidente Edimar Dias, como de praxe fez a síntese da sessão enfatizando, sobretudo, que a gestão municipal ainda deixa a desejar, dentre outros, no transporte escolar e infraestrutura.