Na sessão de segunda-feira (15) os debates estearam-se mais uma vez acerca de infraestrutura, educação e o requerimento de autoria do vereador Edimar Dias (PHS], que pede a presença do prefeito à Casa para dar explicações de sua viagem à Harvard. Algo que não é do consenso dos demais vereadores, por entenderem que, uma vez a Casa ter autorizado a viagem, é uma incoerência exigir explicações ao gestor a esse respeito. Esta é a visão do vereador Carlos Zoel (PP).
“Eu fiz o requerimento, porque a transparência é um dos pontos mais importantes que eu vejo numa administração. Não fiz um ofício porque não posso fazer isso como vereador; faço um requerimento e através desse se convoca”, afirma Dias.
O vereador pediu também a cópia do regimento interno da Casa para que ele confirme que o “presidente da sessão pode discutir com o vereador em pleno exercício da função de presidente. Este regimento, segundo o presidente da Casa ele tem e, eu preciso da cópia dele. Simplesmente isso”.
Em sua fala o vereador Carlos Zoel referiu-se ao PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários) mais uma vez citando elogiosamente o vice-prefeito, Júnior Macedo. “Se fosse por esse prefeito aí [Aleandro] esse plano nunca tinha pisado aqui. Ele não tinha nenhuma intenção de que este plano viesse a essa Casa. Mas Deus é justo, que o vice assumiu e teve dó”. [No sentido de ter mandado o plano para a Casa].
O parlamentar citou também as contas do prefeito que já estão disponíveis na Casa para a apreciação dos vereadores. “Minha pressão subiu, minha cabeça quase estoura com o mínimo que eu já vi”.
O vereador reportou-se também ao transporte escola quando disse que “chegou ao que ele já havia dito: os alunos fora da sala de aula por causa de transporte escolar – irresponsabilidade do gestor”
Cazoel também falou sobre sua conduta e ética em sua vida pública e particular. “Quem tiver dúvida procure alguma coisa minha nesta Casa ou na minha vida pessoal. Não estou dizendo que sou santo, mas eu continuo firme defendendo o direito do povo”.
A vereadora Maria José (PSD) ao referir-se sobre o cumprimento de dias letivos disse que “não vai registrar nenhuma aula que não tenha dado, pois quando a justiça me procurar, tenho de comprovar”.
Ela também relatou acerca do transporte escolar, o qual parou no início desta semana. “E quem se prejudica são os alunos”, diz Maria José. “Não tem justificativa, pois ficou dezembro, janeiro e fevereiro sem ter aula para que a prefeitura tomasse as providências de fazer a licitação”.
O vereador Gesmar Nogueira, que presidiu a sessão, porque o presidente Antônio Félix (PSL) estava em uma reunião em São Luís entende que o vereador Edimar Dias “está no seu direito de fiscalizar” no que se refere a convocar o prefeito a dar explicações sobre a viagem a Harvard. Mas por outro lado analisa que “não haveria necessidade de convocá-lo; ele mesmo teria por obrigação vir aqui e prestar contas dessa viagem”.
O parlamentar dirigiu-se ao ouvidor do município, Luís Lopes (Miúdo), à mesa. “Muito nos honra sua presença aqui e, você poderia nos ajudar nessa questão do transporte escolar. Não consigo admitir que estamos em 16 de abriu e paralisou tudo. Parado por falta de pagamento”.
Gesmar finalizou dizendo que “é triste a situação do município. O gestor não tem humildade para pedir ajuda, apoio”. E complementou dizendo que ele também “não tem gratidão”. Esta, segundo o vereador “é pregada na teoria, na prática é ingratidão”. Com esta fala o parlamentar afirma que “o gestor tem atribuído sua ingerência ou má gestão, no que se refere a dedução do FPM à gestão anterior”.