Vereadores debatem convocação de aprovados em concurso público e gastos de combustível com transporte escolar

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A Sessão de segunda-feira (26) iniciou tratando a respeito de saúde. Mas desta vez um caso específico, para o qual o presidente Antônio Félix (PSL) pediu a solidariedade dos pares da Casa. Félix pediu ajuda para Maria de Fátima, que está com o filho internado em Teresina, tratando de um câncer e, estão passando por dificuldades financeiras.

O Vereador Luís Fernando – Túlio (PRP) foi o primeiro a manifestar ajuda.

Alguém na plateia disse que a prefeitura ajuda. Mas ainda não é o suficiente.  “Nós não estamos aqui criticando o poder público, só estamos lamentando a situação”, esclareceu Antônio Félix. E disse que “todas as prefeituras podem mandar um projeto de lei para a câmara pedindo ajuda de custo para a saúde. Por exemplo, R$ 1000 por mês. Manda o projeto, a câmara aprova e, é legal”.

Gesmar Nogueira entende que a ajuda é necessária e disse que está pronto para ajudar. Mas lembrou “que esse tipo de ajuda não resolve, porque você dá 50, 100 reais; arrecada-se 500 reais, ela gasta em 10 dias”.  E sugeriu que o “poder público entre com mais firmeza”. E apontou o TFD (Tratamento Fora Domicílio), A Assistência Social.

Gesmar se colocou à disposição para junto com o presidente e os demais vereadores falar com o pessoal da saúde, assistência social.

O vereador Carlos Zoel – Cazoel (PP) reportou-se ao seu requerimento de uma sessão anterior, que teve voto contrário de alguns vereadores. Requerimento que convocava o gerente do auto posto trevo para uma sessão interna. “Eu acho que eles tinham algum motivo de votar contra, porque o absurdo que apareceu aqui de combustível… Eu acho que os vereadores aliados têm vergonha de ver”. E pediu que o presidente depois de 15 dias, tome providências acerca das pessoas que são convidadas para dar explicação e não comparecem.

Cazoel e o transporte escolar: Vereador demonstra o total gasto com a frota.

 Cazoel falou ainda sobre um levantamento que ele fez sobre o transporte escolar e constatou: “Os ônibus pequenos rodam 252 quilômetros por dia; os grandes, 221 [ano 2018]. Eu coloquei como se eles tivessem trabalhado 200 dias letivos. Então somando desta forma, os ônibus pequenos percorreram 50 mil e 400 quilômetros e, eles consumiram 8 mil e 400 litros de diesel tomando por base fazer 6 quilômetros por dia”.

E continuando disse que os ônibus grandes, os quais percorreram por dia 221 quilômetros, “totalizando 94 mil e 200 quilômetros, levando em consideração o gasto de um litro em 4 quilômetros, somou 11 mil e 50 litros, o que dá 19.450 litros de diesel gastos em 2018 com o transporte escolar”. E informou que o total de combustível gasto com transporte escolar em 2018 “chegou a 100 mil e 421 litros”. Isso que  o vereador chama de absurdo no primeiro parágrafo de sua fala, acima.

“Então é assim as coisas aqui”, continuou Cazoel. “Às vezes a gente passa por perseguidor; passa por falta de respeito com os colegas. Mas nunca desrespeitei. Todo mundo aqui faz o que quer, vota no que quer. Se toda a câmara fizer esse trabalho [de acompanhamento e fiscalização] o município anda”.

A vereadora Maria José (PSD) iniciou sua fala comentando acerca da reunião interna com os funcionários responsáveis pelo abastecimento dos veículos e setor de compras do município, ocorrida há 15 dias. “Nós gostamos. Eles responderam de acordo com o que nós perguntamos e que estava ao alcance deles”.

A fala de Maria José prosseguiu referindo-se à educação. Ela reclamou do não funcionamento dos ares-condicionados. “Vemos uma quantidade de ar-condicionado instalado; perguntam-me os alunos todo dia e toda hora, porque não funciona. Eu digo: é porque não querem, pois se está instalado… não me venham dizer que é porque a energia é fraca. Compraram esses ares-condicionados sem fazer uma busca nas escolas de como está a energia para ver se tinha condição de funcionar. Mais uma vez eu digo: é para lavagem de dinheiro, pois se fosse necessidade, desde o início do ano eles estariam funcionando”.

Público: Aspecto da atenção.

A vereadora falou ainda sobre um programa, que o prefeito trouxe para as escolas e, que é de “grande importância”, nas palavras de Maria José. “Mas está sendo desperdiçado, porque não está sendo usado de maneira correta, não por parte dos professores, pois o livro já temos adaptado à escola e, chegou esses novos livros, que foram comprados, que eu digo que é para lavagem de dinheiro porque não houve uma programação. Eles compraram e entregaram agora no meio do ano e, até agora tem professor entrando e saindo em escola, pois não sabe onde vai ficar, até hoje nem sabe o horário ainda”.

E rematou: “Não tem condições de um professor trabalhar com esse livro até o fim do ano, pois já temos o nosso da escola e esse outro, que é tipo uma aula extra, três meses não é suficiente”.

O presidente Antônio Félix ao afastar-se da direção da Casa usou a tribuna para relatar acerca da questão da limpeza da cidade citando a Avenida principal [o centro], que está em boas condições de limpeza. “Mas vá ao alto da Trezidela, desça na Rua da Enedina, na Rua do Açude para ver” [Félix quis dizer que a limpeza não está de modo satisfatório]. E concluiu: “São 130 mil reais mensal a folha de pagamento da empresa. A gente reconhece alguns itens, que melhorou, mas é por isso que foi trocado o gestor. Teve melhoras, mas são pequenas”.

Félix ainda relatou acerca de projetos, quando afirmou que o gestor teria falado “que a câmara está sendo omissa em não colocar os projetos” [em votação].  “Um projeto”, enfatizou o vereador.  “E ele não foi rejeitado, ele está na Casa, porque veio com algumas deficiências”. “Até o momento na gestão nossa esta Casa nunca reprovou um projeto sequer, isso é a prova que a gente tenta fazer a coisa correta”.

Com visível indignação o vereador disse que “fará diferente: vou denunciar através do aplicativo do ministério público cidadão. Não vou nem em Balas, vou direto a São Luís. Pois ele [MP] esqueceu, na questão de acúmulo de cargos; coordenadores, supervisores e alguns outros funcionários”.

Félix ainda falou acerca da convocação para dar posse aos concursados. “Ele está chamando os nomes por etapa. Se fosse por etapa, ele pegava dois médicos, dois enfermeiros, dois agentes administrativo, dois vigias”.

E disse ainda que há “manobras” ao chamar os concursados. “Eles estão chamando por etapa [os professores, por exemplo] para pôr os aprovados em locais mais longes, para depois chamar os excedentes e colocar na localidade mais próxima de sua residência. A jogada é só essa. Antes do funcionário assumir já estão fazendo essa manobra. Isso é um absurdo”.

Falas

Não usaram a tribuna os vereadores Edimar Dias (PHS), João Fernando – Túlio (PRP), Joilma Santos (PSDC) e mais uma vez o vereador Zé Magno (PCdoB).

 

 

 

 

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Alex de Brito Limeira é jornalista e escritor. Esteve sete vezes entre os melhores novos escritores do país em concursos literários promovidos por casas editoriais de São Paulo e Rio de Janeiro. Em Abril de 2011 lançou o romance O Crime da Santa. Foi repórter no jornal Folha do Maranhão do Sul, em Carolina – MA; Instrutor autônomo de redação discursiva e dissertativa. Em Fortaleza dos Nogueiras é pioneiro na comunicação social - jornalismo, ao fundar, editar e apresentar o Jornal da Cidade, na rádio Cidade FM de 2003 a meados de 2004. Foi âncora do Jornal da Cidade na antiga TV Cidade, editor e apresentador do jornal de mesmo nome na Rádio Cidade FM. Fundou a Gazeta Sul Maranhense (Fortaleza dos Nogueiras e região) e o site Gazeta OnlineG, que está em plena atividade. Em dezembro de 2022 torna-se um dos vencedores do desafio de criação de micro contos com o limite máximo de 150 caracteres e passa a compor a coletânea SEJA BREVE, SENÃO EU CONTO da Editora Oito e Meio de Flávia Iriarte - Rio de Janeiro.