Pessoas do povoado Novo Acordo, na região Crueira estiveram novamente na sessão de segunda-feira (18) na câmara municipal de vereadores na busca de resposta para o problema de água que assola o povoado há 11 meses.
Na sessão passada (do dia 11) o vereador Gesmar Nogueira (PSDB) garantiu à comunidade que alguém da prefeitura estaria presente na sessão de segunda-feira (18) para dar resposta no sentido de solucionar a escassez de água no povoado. E, de fato, esteve lá o secretário de Infraestrutura, José Ribamar (Riba Rico) informando à população que o prefeito fará um novo poço na localidade, conforme atesta no vídeo abaixo.
Mas como sempre em qualquer debate há os prós e contra.
O vereador Carlos Zoel – Cazoel (PP) alertou: “Se gasta muito dinheiro num poço. E eu acho que tem como arrumar aquele poço”. E pediu: “Secretário faça mais isso: peça um geólogo para vir e faça a perícia e, se o cara disser: esse poço não presta, aí eu vou acreditar. Tira a dúvida de todo mundo”.
“Se for dado garantia de colocar a bomba e prestar, que continue o poço”, opinou a vereadora Joilma Santos (PSDC). “Acredito que vai dar certo, creio que o prefeito vai olhar com bons olhos. E que seja feita uma reunião para ver se a comunidade aceita outro poço ou se permanece o que está lá mesmo, colocando uma bomba nova”.
O vereador Gesmar Nogueira ratificou o que havia garantido na semana passada. “Eu me comprometi com vocês de dar uma resposta hoje. Então o prefeito mandou o secretário Riba, que está dando a resposta. Quero dizer a vocês que o papel nosso é esse: intermediar a conversa entre o prefeito e a comunidade. Nós não temos autonomia e nem orçamento para fazer obra, nós temos o dever de cobrar do prefeito e assim nós estamos fazendo”.
“Esse poço vem dando problema do tempo do Zé Arnaldo. É um problema eterno, ninguém dá jeito nele”, pontuou o vereador Edimar Dias (PHS) posicionando-se favorável à feitura de outro poço. “A minha opinião é o gestor correr atrás, o mais rápido possível, fazer um novo poço, e entregar para a comunidade”.
Doação de material
A discussão também girou em torno do termo de doação enviado à Casa pelo prefeito para a devida assinatura dos parlamentares. Trata-se de materiais de construção civil oriundos da reforma das escolas. Materiais, como telhas, por exemplo, que foram substituídas e, o prefeito pretende doar às pessoas que necessitam.
Ao falar sobre este assunto, o vereador Cazoel rebateu o comentário, de que ele e a vereadora Maria José seriam contrários à doação de material ao povo: “Eu estou com minha consciência limpa, com certeza a vereadora Maria José também. Nós nunca fomos contra doar material para o povo mais carente, os que mais precisam. Nunca vou ser contra”.
E pelo seu entendimento, é necessário que o termo “passe pela Casa para ser aprovado”. Para o vereador “o processo correto é esse e, não sair em meio de rua para vereador assinar uma doação”.
Já o vereador Edimar Dias (PHS) disse que “assinou na hora em que viu” o termo de doação. “Daquele jeito eu assino lá em casa, no meio da rua, no sertão, em qualquer lugar”. E explicou: “Ele [o termo] veio a esta Casa não como lei, porque a lei já existe. Por isso eu assino em qualquer lugar. O que eu não quero é desperdício, vamos doar a quem precisa”.
Transporte escolar
O vereador Carlos Zoel falou também sobre o retorno das aulas, que segundo o parlamentar estava previsto para “iniciar hoje [segunda-feira, 11]”. O motivo, segundo o parlamentar, “falta de realização de licitação. (…) Mas os ônibus do município estão todos parados, nunca arrumaram, tem apenas um ônibus rodando. (…) Nos sabemos que o ano passado os 200 dias letivos não foi alcançado e, este ano também, do jeito que está acontecendo aí, eu acho que não vai chegar aos 200 dias letivos no ano”.
“O transporte escolar esse ano é uma vergonha. A empresa que ganha licitação não quer gastar dinheiro com o ônibus, não. Só quer ganhar o dinheiro, não quer investir, arrumar o transporte”, disse o vereador Renato Arruda acerca do estado dos ônibus da empresa.
Arruda também criticou o ato de aprovar o aluno sem ele ter o devido conhecimento. “Tem alunos que não sabe nem colocar o nome dele. Eu acho isso um absurdo”.
O Presidente da Casa, Antônio Félix (PSL) finalizando a sessão disse que “conforme o prefeito garantiu de tomar as providências, vamos aguardar que ele resolva o problema o mais rápido possível, ou com poço novo ou poço velho; bomba nova ou velha. Mas que o problema seja resolvido”.
Felix também falou sobre três projetos da educação que tramitam na Casa e que devem ser discutidos com a chefa da pasta amanhã, dia 22.
